"... não existe nada de mórbido no conflito. Muito pelo contrário: conflito é, em todos nós, a condição normal de nossas transações. Todos os dias redescobrimos em nossas vidas que, se adotarmos um determinado curso de ação, teremos de renunciar a outros que também são desejados; descobrimos, de fato, que não podemos comer o doce e ficar com ele. Portanto, em cada dia de nossas vidas, cabe-nos a tarefa de decidir entre interesses rivais em nosso próprio íntimo, e de regular conflitos entre impulsos irreconciliáveis. Outros animais têm o mesmo problema (...) o que caracteriza o indivíduo psicologicamente doente é a sua incapacidade para regular satisfatoriamente seus conflitos" (BOWBLY, 1982, p. 6).
Fernando Diz