Este ano não votei.
E por um motivo bem consciente.
Tão lúcido, que tentarei explicar as minhas razões utilizando apenas uma analogia: o famoso N.D.A. (nenhuma das alternativas) de qualquer prova objetiva. Entretanto, se você cogitou associar a minha atitude deliberada à privação do exercício de democracia, justificando e relacionando minha ação com imaturidade cível, eu vou pedir licença e dizer que discordo.
E já aproveito para lhe perguntar se você sabe o que é democracia?
Como também já lhe antecipo que não realizarei nenhum esforço para tentar explicar o que significa democrática. E por um singelo motivo, sabe qual? Porque seria redundante, atirar mais um conceito a uma nação tão intelectual quanto a nossa. Brasileiro sabe tudo, sabe tanto que conhece até o incógnito. Invejável sabedoria que lhe blinda ao próximo (lê-se em todos os quesitos). Contudo em uma nação repleta de gente culta é de se impressionar, que as opiniões sejam tão defasadas.
Tão lúcido, que tentarei explicar as minhas razões utilizando apenas uma analogia: o famoso N.D.A. (nenhuma das alternativas) de qualquer prova objetiva. Entretanto, se você cogitou associar a minha atitude deliberada à privação do exercício de democracia, justificando e relacionando minha ação com imaturidade cível, eu vou pedir licença e dizer que discordo.
E já aproveito para lhe perguntar se você sabe o que é democracia?
Como também já lhe antecipo que não realizarei nenhum esforço para tentar explicar o que significa democrática. E por um singelo motivo, sabe qual? Porque seria redundante, atirar mais um conceito a uma nação tão intelectual quanto a nossa. Brasileiro sabe tudo, sabe tanto que conhece até o incógnito. Invejável sabedoria que lhe blinda ao próximo (lê-se em todos os quesitos). Contudo em uma nação repleta de gente culta é de se impressionar, que as opiniões sejam tão defasadas.
Essência descompassada gerando pensamentos obsoletos. Personalidade ultrapassada, cuja identidade é repetir a nossa forma de colonização, que vive e se renova até os dias de hoje: a lógica da exploração. Aproveitamento que renasce em todas eleições. Se sua ingenuidade não lhe permite perceber, talvez seja o momento ideal para retomar uma pergunta: quem realmente se priva do exercício democrático?
Mas sabe de uma? É provável que minha análise esteja errada. Colocando o benefício da dúvida sobre a mesa, talvez meu pensamento seja algo movido pelo ressentimento, produzindo um crivo melindrado, pela chatice de combinações numéricas que inunda todos os horizontes e níveis sociais. Pelo menos procuro vê o lado positivo e quem deve sorrir é a matemática, pois neste caso qualquer adição dos elementos deste conjunto gera uma subtração (e.g. 13 + 45 = 45 +13 = 0).
Porventura, seja uma análise errônea ou talvez, quem sabe, defasada. Não me excluo desta culpa. Mas será que é equivocado pensar ou sugerir a ideia que o brasileiro possui uma relação passional com a subtração? E prorrogo este amor em ser subtraído ao fetiche de subtrair (dos outros em beneficio próprio). O brasileiro em essência. Mas, reforço aos desatentos ou aqueles que adoram direcionar os pensamentos contrário ao que é dito, é possível, que este julgamento esteja errado.
Ou simplesmente engabelada pelo jeitinho brasileiro.
Mas sabe de uma? É provável que minha análise esteja errada. Colocando o benefício da dúvida sobre a mesa, talvez meu pensamento seja algo movido pelo ressentimento, produzindo um crivo melindrado, pela chatice de combinações numéricas que inunda todos os horizontes e níveis sociais. Pelo menos procuro vê o lado positivo e quem deve sorrir é a matemática, pois neste caso qualquer adição dos elementos deste conjunto gera uma subtração (e.g. 13 + 45 = 45 +13 = 0).
Porventura, seja uma análise errônea ou talvez, quem sabe, defasada. Não me excluo desta culpa. Mas será que é equivocado pensar ou sugerir a ideia que o brasileiro possui uma relação passional com a subtração? E prorrogo este amor em ser subtraído ao fetiche de subtrair (dos outros em beneficio próprio). O brasileiro em essência. Mas, reforço aos desatentos ou aqueles que adoram direcionar os pensamentos contrário ao que é dito, é possível, que este julgamento esteja errado.
Ou simplesmente engabelada pelo jeitinho brasileiro.
Por este maravilhoso jeitinho (lê-se modo de navegação social), que improvisa e brinca com tudo, até com o sentido de liberdade de expressão. Não sou contra que seja dito o que se pensa (caso contrário não estaria fazendo esta postagem), mas para mim, a ideia de liberdade de expressão não esta separada do conceito de respeito ao próximo e muito menos do conceito de democracia. Imagine só, como seria ofensivo terminar a oração anterior com um "não é fila da puta?".
Tenso não?
Mas tensa é esta relação entre o brasileiro diante de uma teoria universal que teoricamente deveria valer para todos. Tenso é cobrar maturidade de um povo que possui uma data (carnaval) onde é permitido e estimulado ao excesso pândego. Neste momento eu lhe faço uma pergunta, já ouviu esta expressão "o costume, reitera a norma"? E sabe qual o costume que virou norma? Aprendemos desde cedo, que há sempre um modo de satisfazer nossas vontades e desejos, 'mesmo que isso vá de encontro às normas do bom senso e da coletividade geral'.
Mas fica mais tenso, quando escuto a palavra "mudança". Bom... Confesso que este discurso é vazio e furado e não me sensibilizo, mas não é porque eu não acredite ou queira a mudança, é porque simplesmente não muda(e.g. nossa sistema de educação ainda é o mesmo há séculos). E sabe porque não muda? Porque existe algo bem pior do que os candidatos: que somos nós, povo brasileiro.
Primeiramente porque brasileiro não vota, ele torce. E para mim este modo de enxergar nossos problemas públicos é consequência do quanto somos defasados. Exploramos e somos explorados desde de 1500. Mas, como disse, talvez eu esteja errado e pensar que adoramos tirar proveito da situação seja um ledo engano. No entanto, vejo que as melhores razões são as nossas,certo?. Você pode até dizer que não pertence a este grupo (meus parabéns), mas tente me convencer que suas razões politicas não vão lhe privilegiar.
Mas tensa é esta relação entre o brasileiro diante de uma teoria universal que teoricamente deveria valer para todos. Tenso é cobrar maturidade de um povo que possui uma data (carnaval) onde é permitido e estimulado ao excesso pândego. Neste momento eu lhe faço uma pergunta, já ouviu esta expressão "o costume, reitera a norma"? E sabe qual o costume que virou norma? Aprendemos desde cedo, que há sempre um modo de satisfazer nossas vontades e desejos, 'mesmo que isso vá de encontro às normas do bom senso e da coletividade geral'.
Mas fica mais tenso, quando escuto a palavra "mudança". Bom... Confesso que este discurso é vazio e furado e não me sensibilizo, mas não é porque eu não acredite ou queira a mudança, é porque simplesmente não muda
Primeiramente porque brasileiro não vota, ele torce. E para mim este modo de enxergar nossos problemas públicos é consequência do quanto somos defasados. Exploramos e somos explorados desde de 1500. Mas, como disse, talvez eu esteja errado e pensar que adoramos tirar proveito da situação seja um ledo engano. No entanto, vejo que as melhores razões são as nossas,
E tudo começa pelo discurso do povo refletido na opinião dos candidatos.
Em nenhum dos debates eu ouvi um elogio sequer a uma obra feita pelo outro com o pressuposto da continuidade. Até parece que o Brasil não funciona como uma grande célula, mas por pequenas células unitárias. Ninguém pensa no coletivo, é tudo pelo partido. E assim ocorre também conosco. Quando a verdade oculta das suas razões de escolha é "como irei me beneficiar com esta escolha".
Em nenhum dos debates eu ouvi um elogio sequer a uma obra feita pelo outro com o pressuposto da continuidade. Até parece que o Brasil não funciona como uma grande célula, mas por pequenas células unitárias. Ninguém pensa no coletivo, é tudo pelo partido. E assim ocorre também conosco. Quando a verdade oculta das suas razões de escolha é "como irei me beneficiar com esta escolha".
Contudo uma coisa é certa, independente das nossas escolhas, é importante saber respeitar. E qualquer resultado não mudará o Brasil e tão pouco nossas vidas, mas esta é importante. E como não votamos e sim torcemos, isso não é um clássico de futebol que precise terminar em pancada ao fim do jogo.
O Grande Ditador de 1940 |
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios (Charlie Chaplin).E quando deixaremos de ser defasados?
Quando o discurso for em essência, igual a este.
Obrigado pela sua paciência.
Fernando Diz
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