A expectativa era grande e a
chance de desapontamento era maior ainda. Porém, o Homem de Aço de Zack Snyder
é surpreendente e, simplesmente, muito bom. Abordagem do tema por Snyder é
progressiva, lenta e bem didática, colaborando na apresentação dos personagens
e trazendo o espectador para dentro da trama.
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Cartaz do filme no Brasil |
É claro, que como de praxe
alguns fãs, não se sentiram representados pelo novo Superman. E não tenho a
pretensão de discutir se o filme é fiel ou não a história dos quadrinhos, pois
compreendo que se trata de uma adaptação e como toda versão tem suas
características, que a diferenciam de outras já realizadas.
O filme possui alguns aspectos
bem positivos, começando pelo rompimento com o Superman de Christopher Reeve. E
com uma atuação convincente, podemos dizer que o Superman encontrou um novo
rosto em Henry Cavill.
Outro aspecto bem bacana são as emoções e realismo
transmitidos pelo filme.
Realismo? Sim!
Apesar de estarmos falando de
um alienígena com super poderes aqui na terra. O filme respeita os aspectos da
física e psicologia humana. Quando pensamos nos princípios físicos,
praticamente, todas as ações mirabolantes são bem justificadas. Um exemplo
clássico é o deslocamento de ar provocado pelo Superman em seus voos. A
apresentação de Krypton (seu povo e sua cultura) é bem interessante, também traz seu realismo dentro do que imaginamos de uma sociedade avançada. E quando
pensamos em parâmetros psicológicos, estamos diante de um super-herói mais
humano, com suas crises existenciais e em busca respostas para suas dúvidas.
O vilão da vez é o General Zod
(interpretado incrivelmente por Michael Shannon). Zod não é um vilão nos moldes
que estamos acostumados. Ele não é uma aberração radical como foram o Coringa e
o Bane dos filmes do Batman de Nolan. Como sua patente indica, General Zod é um
político, um homem que tenta proteger seu planeta e seu povo a todo custo. Defensor
do seu povo como raça superior, Zod deixa claro as suas escolhas. Definitivamente,
estamos falando de um homem ruim, sem empatia e que é bem conduzido na história.
O segundo vilão é desenvolvido
pela atriz (Antje Traue) que interpreta a Tenente-Coronel e gata Faora-Ul. A
personagem fala bem pouco, mas ela consegue transmitir por seus expressivos e
lindos olhos azuis todo seu poder e compromisso com a causa. É dela duas frases
de efeito, que fazem o espectador pensar um pouco mais. Definitivamente,
Faora-Ul merecia um filme só para ela.
Além disso, o filme conta com
um ótimo elenco, que se somam para o sucesso do filme (Russell Crowe, Kevin
Costner, Diane Lane, Amy Adams, Lawrence Fishburne, Christopher Meloni).
E depois de assisti-lo duas vezes, garanto que o novo Super Homem correspondeu
muito bem. Como também, podemos dizer que é um Super Filme! No entanto, dizer
que é uma obra prima seria um exagero, mas com certeza é um ótimo começo para o
super-herói mais conhecido do mundo. O entretenimento é garantido e vale a pena
conferir.
Espero que goste tanto do
filme quanto eu gostei!
Agora é com você!
Fernando Diz