segunda-feira, 8 de julho de 2013

O Homem de Aço

A expectativa era grande e a chance de desapontamento era maior ainda. Porém, o Homem de Aço de Zack Snyder é surpreendente e, simplesmente, muito bom. Abordagem do tema por Snyder é progressiva, lenta e bem didática, colaborando na apresentação dos personagens e trazendo o espectador para dentro da trama.

Cartaz do filme no Brasil
É claro, que como de praxe alguns fãs, não se sentiram representados pelo novo Superman. E não tenho a pretensão de discutir se o filme é fiel ou não a história dos quadrinhos, pois compreendo que se trata de uma adaptação e como toda versão tem suas características, que a diferenciam de outras já realizadas.

O filme possui alguns aspectos bem positivos, começando pelo rompimento com o Superman de Christopher Reeve. E com uma atuação convincente, podemos dizer que o Superman encontrou um novo rosto em Henry Cavill. 


Outro aspecto bem bacana são as emoções e realismo transmitidos pelo filme.
Realismo? Sim!
Apesar de estarmos falando de um alienígena com super poderes aqui na terra. O filme respeita os aspectos da física e psicologia humana. Quando pensamos nos princípios físicos, praticamente, todas as ações mirabolantes são bem justificadas. Um exemplo clássico é o deslocamento de ar provocado pelo Superman em seus voos. A apresentação de Krypton (seu povo e sua cultura) é bem interessante, também traz seu realismo dentro do que imaginamos de uma sociedade avançada. E quando pensamos em parâmetros psicológicos, estamos diante de um super-herói mais humano, com suas crises existenciais e em busca respostas para suas dúvidas.

O vilão da vez é o General Zod (interpretado incrivelmente por Michael Shannon). Zod não é um vilão nos moldes que estamos acostumados. Ele não é uma aberração radical como foram o Coringa e o Bane dos filmes do Batman de Nolan. Como sua patente indica, General Zod é um político, um homem que tenta proteger seu planeta e seu povo a todo custo. Defensor do seu povo como raça superior, Zod deixa claro as suas escolhas. Definitivamente, estamos falando de um homem ruim, sem empatia e que é bem conduzido na história.

O segundo vilão é desenvolvido pela atriz (Antje Traue) que interpreta a Tenente-Coronel e gata Faora-Ul. A personagem fala bem pouco, mas ela consegue transmitir por seus expressivos e lindos olhos azuis todo seu poder e compromisso com a causa. É dela duas frases de efeito, que fazem o espectador pensar um pouco mais. Definitivamente, Faora-Ul merecia um filme só para ela.


Além disso, o filme conta com um ótimo elenco, que se somam para o sucesso do filme (Russell Crowe, Kevin Costner, Diane Lane, Amy Adams, Lawrence Fishburne, Christopher Meloni). E depois de assisti-lo duas vezes, garanto que o novo Super Homem correspondeu muito bem. Como também, podemos dizer que é um Super Filme! No entanto, dizer que é uma obra prima seria um exagero, mas com certeza é um ótimo começo para o super-herói mais conhecido do mundo. O entretenimento é garantido e vale a pena conferir.
Espero que goste tanto do filme quanto eu gostei!
Agora é com você!

Fernando Diz

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