quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A Eternidade da Ausência

John Dryden disse:
O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade.
"There is always hope" por Olhe os muros!
Fernando Diz

domingo, 25 de agosto de 2013

Versos Íntimos

Nordestino, que por si só seria um próprio estilo literário. Seu único livro ostenta um título marcante e incomum: Eu. Sem precedentes, Augusto dos Anjos é uma metralhadora de poemas decassílabos, rimados e metrificados. Singular pela sua complexidade, seus poemas "científicos" são  carregados de ironia, determinismo e filosofia. Com palavras fortes, este paraibano marca seu leitor, seja por aproximação ou por afastamento.


Egoísmo por Sakgaa
Um dos poemas mais famosos deste autor - e um dos meus favoritos - é Versos ÍntimosNeste poema, ou o autor estabelece um dialogo com o leitor, ou realiza uma auto reflexão. O que para mim faz mais sentido, quando se observa o título do livro (Eu) e o título do poema. Outro ponto que chama atenção é a presença de dois substantivos comuns iniciados com letra maiúscula: Ingratidão e Homem. 

Todo o poema clama por mudança de postura. 
Versos íntimos fala da necessidade do amadurecimento e do despertar para o mundo. Para ele, a vida não perdoa os ingênuos. Pois em sua primeira estrofe é narrada o sepultamento de alguém, que apenas a ingratidão prestigiou o enterro. Pois da mesma maneira que a ingratidão compareceu, ela também estará presente no futuro (... a lama que te espera). E quando o autor reconhece que Ingratidão é inerente ao Homem, ele comemora acendendo um cigarro. E por fim o autor dá a sua receita de como combatê-la.

É um poema que vale muito apena ser lido em voz alta!

Versos Íntimos

Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Augusto dos Anjos (1901)

Fernando Diz

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A Arte da Conquista

Orson Welles disse:
Nós nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. Somente através do amor e das amizades é que podemos criar a ilusão, durante um momento, de que não estamos sozinhos.
A arte da conquista de Gavin Wiesen.
A Arte da Conquista é um excelente filme que discute a premissa de Welles. Nele, é debatido acerca da potência criadora dos encontros. Estas interseções existentes entre a essência de um elemento com a do outro. Um pequeno espaço de congruência, onde fica evidenciado que a felicidade não se encontra na matéria, mas sim no encontro. Mesmo que seja por um curto espaço de tempo.

No filme, George (vivido por Freddie Highmore) é um jovem amargo, solitário e  talentoso que acredita que o ser humano nasce e morre sozinho. Para ele, a vida é muito curta para que seja desperdiçada indo a escola e realizando os deveres de casa, por exemplo. Perspectiva que se altera a partir do momento que ele vai conhecendo a Sally (personagem vivida pela Emma Roberts), uma jovem madura, independente e que vive para explorar o que a vida tem de melhor. É a partir deste encontro que George inicia a arte da conquista, que neste filme vai muito além de relacionamentos.

Exibido no Sundace Festival de 2011, esta produção independente arrancou diversos elogios. Para mim o ponto alto do filme é a interseção que ele cria entre nosso consciente e inconsciente.

Além disso, o filme traz uma execelente trilha sonora. 
Vale muito a pena conferir.
Fica a dica!

Fernando Diz

domingo, 11 de agosto de 2013

My Friend of Misery

Com um marcante baixo assassino, "My Friend of Misery" é a décima primeira faixa do famoso Black Album do Metallica; composta por James Hetfield, Lars Urich e Jason Newsted (ex-baixista da banda). Esta música, além de ser uma das minhas favoritas, esta presente na minha trilha sonora há mais de 20 anos.


A música começa com um solo de baixo muito fera, que já traz o ouvinte para dentro da atmosfera criada pelo contexto da canção. Ela é densa, destruidora e renovadora. Um dos pontos altos da letra desta trilha sonora é a estrofe que diz "You still stood there screaming. No one caring about these words you tell. My friend, before your voice is gone. One man's fun is another hell. These times are sent to try men´s soul". A tradução ficaria algo mais ou menos assim: "Você continua gritando. Ninguém se importa com o que você diz. Meu amigo, antes que sua voz suma, saiba que a diversão de um homem é o inferno do outro".

My Friend of Misery é uma canção que é capaz de teletransportar quem a ouve. Seu instrumental é fantástico e hipnotizante, além da perfeita harmonia com a voz marcante de James Hetfield. 

Metallica é a banda. 
Fernando Diz

A Consciência do Guloso

A variação do quanto eu gosto para o nunca mais!