Fernando Diz
sábado, 30 de novembro de 2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Ex-estranhos - #2!
Distância, onde esta a sua relação com tempo que só faz sentindo para Newton?
Mas um textinho retirado da página dos "Ex-estranhos".
Fernando Diz
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
Mefistófeles... É o Diabo!
Um dos melhores textos interpretados que já vi.
"Eu sou Mefistófeles", narrado por Antônio Abujamra.
Eu sou Mefistófeles.
Mefistófoles!
É, o diabo e todos vocês são Faustos.
Faustos, os
que vendem a alma ao diabo.
Tudo é vaidade nesse mundo vão, tudo é tristeza,
tudo é pó é nada, quem acredita em sonhos é porque já tem a alma morta. O mal
da vida cabe entre nossos braços e abraços, mas eu não sou exatamente o que
vocês pensam, eu não sou exatamente o que as igrejas pensam, as igrejas
abobinam me.
Deus me criou para que eu o imitasse de noite. Ele
é o sol eu sou a lua, a minha luz paira tudo quanto é fútil, margens de rio,
pântanos, sombras.
Quantas vezes vocês viram passar uma figura
velada, rápida?
Figura que te daria toda a felicidade, figura que
te beijaria indeferidamente.
Era eu, sou eu. Eu sou aquele que sempre
procuraste e nunca poderás achar.
Os problemas que atormentam os homens são os
mesmos problemas que atormentam os deuses.
Quantas vezes Deus me disse citando João Cabral de
Melo Neto: “Ai de mim, ai de mim. Quem sou eu? ”
Quantas vezes Deus me disse: “Meu irmão, eu não
sei quem eu sou”.
Senhores venham até mim, venham até mim, venham!
Eu os deixarem em rodopios fascinantes, uivos castéus e nas trevas, nas trevas
vocês veram todo o esplendor. De que adianta vocês viverem em casa como vocês
vivem, de que adianta pagar as contas no fim do mês, religiosamente, as contas
de luz, gás, telefone, condomínio, IPTU.
Todos vocês são Faustos. Venham, eu os arrastarei
por uma vida bem selvagem, através de uma rasa e vã mediocridade que é o que
vocês merecem.
As suas bem humanas insaciabilidade terão lábios,
manjares, bebidas… É difícil encontrar quem não queira vender a sua alma ao
diabo.
As últimas palavras de Goethe, ao morrer, foram:
“Luz… Luz, mais luz!”
(Autor desconhecido).
Fernando Diz
(Autor desconhecido).
Fernando Diz
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Nunca Aprendi a Existir
Fernando Pessoa,
Tenho as opiniões desmentidas, as crenças mais diversas. É que nunca penso, nem falo, nem ajo... Pensa, fala, age por mim sempre um sonho qualquer meu em que me encarno no momento.
Vem a fala e falo-eu-outro. De meu, só sinto uma incapacidade enorme, um vácuo imenso, uma incompetência ante tudo o que é a vida. Não sei os gestos a ato nenhum real.
Nunca aprendi a existir.Fernando Diz
domingo, 17 de novembro de 2013
Paradoxo Positivo
Abre aspas para Gabito Nunes:
"Chega a doer. Estou apaixonado e sozinho, uma combinação bombástica, programada para me autodestruir em mais algumas semanas."
Por outro lado..
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Coração Rabiscado
Saudade é ...
quando o coração se abrevia
precipitando em forma de lágrima
que inunda o peito
e cria um hiato,
que estreita o espaço,
esmagando a vida,
rabiscando o coração.
Fernando Diz
domingo, 3 de novembro de 2013
sábado, 2 de novembro de 2013
Mestrado Sanduíche
Mestrado Sanduíche (Aracaju - Itabaiana).
Crônica 01: Mostrando o contexto.
Um táxi lotação. Um corsa sedã. Seis passageiros. O taxista, a senhora, a moça com uma criança de colo e eu. A sexta pessoa era a esposa do taxista, que só descobri que esta ali conosco, quando tentei sentar no banco da frente. O taxista - muito simpático - olhou para mim e disse "ô meu jovem, faz um favor para este velho taxista?"... Prontamente digo que claro e ele dispara "você poderia ir atrás, porque minha mulher esta sentada aí". Olho para o taxista, olho para a cadeira vazia, volto a olhar para o taxista e respondo cordialmente "é claro, amigão". E a situação 'melhorou' ainda mais, quando a frágil senhora me perguntou: "moço você se importa de me deixar na janelinha?". Olho para o banco de trás, vejo que a moça com a criança já estava sentada na outra janelinha. Noto que me restava apenas o meio. Volto a olhar para a senhora e digo educadamente: "imagina, fica a vontade".
Crônica 02: Iniciando uma conversa.
"Tô gorda. Tô suando muito. É o remédio para emagrecer", diz a mulher tentando puxar assunto. Interajo com apenas um olhar. A moça insiste "eu era da sua grossura, acredita?". Penso que sim, mas não verbalizo. Quando de repente ouço uma voz vindo do meu lado direito. "Mulé, você tá gorda", disse a senhora. A moça continua "emagreci 20 kg. Estava pesando 144 kg". "Você precisa perder uns 70 kg ainda, não é moço?", disse a senhora me cutucando. Arregalo os olhos calado e a moça alivia a minha barra. "É ansiedade, o estresse sabe? Minha médica disse que é isso ... (segundos de pausa e ela conclui) deve ser meus filhos". Volto a interagir com um olhar surpreso. A senhora do canto dispara "filho é uma benção, mulé". A moça informa o número de filhos. "tenho sete". A senhora se cala e diz "É ... então deve se um inferno mesmo". Interajo com um novo olhar surpreso pela última vez.
Crônica 03: O amor - Parte 1.
(Ainda no lotação) A senhora pergunta ao taxista "sua mulé esta aí mesmo?", falando e me cutucando meu braço. O taxista responde "ela é a luz do sol que ilumina meu dia". Na minha cabeça forma aquela enorme interrogação. A moça, com a criança, solta um riso, que naquele momento surreal penso na possibilidade de ser uma hiena. A senhora 'simpática" completa "amor é isso, várias vidas amando, não é moço?", perguntando para mim. Olho para a senhora, depois para o banco vazio e por fim para o taxista e confirmo a pergunta "com certeza".
Crônica 04: O amor - Parte 2.
(Ainda no lotação) O taxista encara a moça, que carrega a criança no colo, pelo retrovisor e pergunta "a senhora é casada?". A moça enche a boca e responde, "sim, pela segunda vez". A senhora do canto fala "mulé, que vida é esta? isso é coisa de mulé sem princípios matrimoniais. Amor é compartilhar, renunciar e respeitar". A moça com a criança no colo se defende "mas o primeiro me batia muito, quando bebia". Giro minha atenção para aquela moça dos 7 filhos, que apanhava do ex-marido. A senhora do outro canto emenda "se meu amor, encostar o dedo em mim, quando ele dormir eu TORO ele". Levo minha mão até meu rosto e coço o nariz tentando esconder o riso. O taxista que ouvia tudo - oportunamente - pergunta "a senhora vai capar seu marido?". A senhora prontamente responde, "capo, faço um buchinho e tomo com pitú". Arregalo os olhos. A senhora vira para mim e me pergunta "não tô certa, moço?". Percebo a placa que indicava 10 km para chegar ao destino passando e respondo "sim senhora, esta certíssima".
Crônica 05: Quando tudo que você aprendeu na escola, não serve para nada.
(Ainda no lotação) Os primeiros a saírem do lotação foram a moça e a criança. Fecha-se a porta e continuamos o restante da viagem. A simpática senhora puxa assunto "num sei como ela vive sendo ignorante. Eu, sai de casa bem novinha. A única coisa que meu pai me disse foi para não lhe dá nenhum DIsgosto. Minha mãe não gostava da ideia e só dizia que ia viver na farra". O taxista vida um pouco a cabeça e pergunta, "e a senhora farreava muito?". A senhora responde com um risinho maroto e uns tapinhas em meu ombro "ôôô .... fiz minhas festinhas, mas não dei DIsgosto para meu pai". Contraio as sobrancelhas e mando um "que bom" estratégico. A senhora olha para mim e finaliza "voltei intelectual, culta, é difícil resistir a esta 'liberdadagem" toda, né?". Giro o punho com a palma aberta e dando ao mesmo tempo - com os ombros, enquanto olho para a senhora e a respondo "ôôô".
Fernando Diz
Fernando Diz
Assinar:
Postagens (Atom)