"Que ninguém implore amor, nem afeto, nem mendigue qualquer sentimento que exige um pedaço do outro. Viver de migalhas, jamais. Soma-se de coisas que te façam bem, ignore qualquer tipo de sentimento que te subtraia. Antes de aprender a amar o outro, amemos a nós primeiro e se for implorar por amor, que seja por amor próprio".
E por um motivo bem consciente. Tão lúcido, que tentarei explicar as minhas razões utilizando apenas uma analogia: o famoso N.D.A. (nenhuma das alternativas) de qualquer prova objetiva. Entretanto, se você cogitou associar a minha atitude deliberada à privação do exercício de democracia, justificando e relacionando minha ação com imaturidade cível, eu vou pedir licença e dizer que discordo. E já aproveito para lhe perguntar se você sabe o que é democracia? Como também já lhe antecipo que não realizarei nenhum esforço para tentar explicar o que significa democrática. E por um singelo motivo, sabe qual? Porque seria redundante, atirar mais um conceito a uma nação tão intelectual quanto a nossa. Brasileiro sabe tudo, sabe tanto que conhece até o incógnito. Invejável sabedoria que lhe blinda ao próximo (lê-se em todos os quesitos). Contudo em uma nação repleta de gente culta é de se impressionar, que as opiniões sejam tão defasadas.
Essência descompassada gerando pensamentos obsoletos. Personalidade ultrapassada, cuja identidade é repetir a nossa forma de colonização, que vive e se renova até os dias de hoje: a lógica da exploração. Aproveitamento que renasce em todas eleições. Se sua ingenuidade não lhe permite perceber, talvez seja o momento ideal para retomar uma pergunta: quem realmente se priva do exercício democrático? Mas sabe de uma? É provável que minha análise esteja errada. Colocando o benefício da dúvida sobre a mesa, talvez meu pensamento seja algo movido pelo ressentimento, produzindo um crivo melindrado, pela chatice de combinações numéricas que inunda todos os horizontes e níveis sociais. Pelo menos procuro vê o lado positivo e quem deve sorrir é a matemática, pois neste caso qualquer adição dos elementos deste conjunto gera uma subtração (e.g.13 + 45 = 45 +13 = 0). Porventura, seja uma análise errônea ou talvez, quem sabe, defasada. Não me excluo desta culpa. Mas será que é equivocado pensar ou sugerir a ideia que o brasileiro possui uma relação passional com a subtração? E prorrogo este amor em ser subtraído ao fetiche de subtrair (dos outros em beneficio próprio). O brasileiro em essência. Mas, reforço aos desatentos ou aqueles que adoram direcionar os pensamentos contrário ao que é dito, é possível, que este julgamento esteja errado. Ou simplesmente engabelada pelo jeitinho brasileiro.
Por este maravilhoso jeitinho (lê-se modo de navegação social), que improvisa e brinca com tudo, até com o sentido de liberdade de expressão. Não sou contra que seja dito o que se pensa (caso contrário não estaria fazendo esta postagem), mas para mim, a ideia de liberdade de expressão não esta separada do conceito de respeito ao próximo e muito menos do conceito de democracia. Imagine só, como seria ofensivo terminar a oração anterior com um "não é fila da puta?".
Tenso não? Mas tensa é esta relação entre o brasileiro diante de uma teoria universal que teoricamente deveria valer para todos. Tenso é cobrar maturidade de um povo que possui uma data (carnaval) onde é permitido e estimulado ao excesso pândego. Neste momento eu lhe faço uma pergunta, já ouviu esta expressão "o costume, reitera a norma"? E sabe qual o costume que virou norma? Aprendemos desde cedo, que há sempre um modo de satisfazer nossas vontades e desejos, 'mesmo que isso vá de encontro às normas do bom senso e da coletividade geral'. Mas fica mais tenso, quando escuto a palavra "mudança". Bom... Confesso que este discurso é vazio e furado e não me sensibilizo, mas não é porque eu não acredite ou queira a mudança, é porque simplesmente não muda (e.g. nossa sistema de educação ainda é o mesmo há séculos). E sabe porque não muda? Porque existe algo bem pior do que os candidatos: que somos nós, povo brasileiro. Primeiramente porque brasileiro não vota, ele torce. E para mim este modo de enxergar nossos problemas públicos é consequência do quanto somos defasados. Exploramos e somos explorados desde de 1500. Mas, como disse, talvez eu esteja errado e pensar que adoramos tirar proveito da situação seja um ledo engano. No entanto, vejo que as melhores razões são as nossas, certo?. Você pode até dizer que não pertence a este grupo (meus parabéns), mas tente me convencer que suas razões politicas não vão lhe privilegiar.
E tudo começa pelo discurso do povo refletido na opinião dos candidatos. Em nenhum dos debates eu ouvi um elogio sequer a uma obra feita pelo outro com o pressuposto da continuidade. Até parece que o Brasil não funciona como uma grande célula, mas por pequenas células unitárias. Ninguém pensa no coletivo, é tudo pelo partido. E assim ocorre também conosco. Quando a verdade oculta das suas razões de escolha é "como irei me beneficiar com esta escolha".
Contudo uma coisa é certa, independente das nossas escolhas, é importante saber respeitar. E qualquer resultado não mudará o Brasil e tão pouco nossas vidas, mas esta é importante. E como não votamos e sim torcemos, isso não é um clássico de futebol que precise terminar em pancada ao fim do jogo.
O Grande Ditador de 1940
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios (Charlie Chaplin).
E quando deixaremos de ser defasados? Quando o discurso for em essência, igual a este.
As eleições estão chegando e dois momentos são necessários relembrar. Primeiro Momento Protestos! Manifestações! Ideais e palavras que fizeram milhares de brasileiros irem para a rua clamarem por mudanças. Mudanças que estavam entaladas, em forma de grito na garganta, há muito tempo. Um grito contagiante, fazendo despertar em nós, a vontade de querer fazer parte deste momento de alguma forma. E nesta atmosfera de mudanças e reivindicações por um Brasil melhor, somada a hashtags, que mexiam com o nosso brio, #verásqueumfilhoteunãofogealuta e #vemprarua. Percebi que não era momento de omissão. Era a oportunidade de somar com muitos outros e fazer algo diferente. Como também, homenagear aqueles primeiros, que deram a cara a tapas e a balas por melhorias na estrutura do nosso país. E por quê não declarar que “entre outras mil, a nossa terra adorada, és tu, Brasil”?
Quem não sentiu aquela sensação de orgulho e dignidade? Assim como muitos, também tive esta sensação e compartilho da vontade de ver nosso país, que é “gigante pela própria natureza, belo, forte, impávido colosso” acordando para “teu futuro espelha essa grandeza”. O tempo passou e o que aconteceu? "Desculpe o transtorno, estamos mudando o país"? Nada!
Claro que não foi isso que aconteceu, mas a sensação é muito parecida e mais um gol da Alemanha.
Segundo Momento
Eleições chegando. Outro gol da Alemanha.
E talvez, você possa pensar que político é tudo igual. Assim como nós.
Bom... Talvez seja, talvez não.
Talvez ao invés do #somostodosmacacos, o mais correto seria #somostodosiguais. E o reflexo do resultado das eleições possa ser resumido na transcrição do seu coletivo em uma unidade presidencial. Talvez nos falte mais vergonha na cara, ou quem sabe um pouco mais de interesse. Possivelmente seja tudo isso junto e bem misturado. E tome mais um gol da Alemanha. Minha avó já dizia "costume de casa vai à praça", e um país é reflexo do seu povo. Talvez seja só pessimismo da minha parte. Mas se você sorriu cada vez que escrevi mais um gol da Alemanha, talvez a teoria esteja certa.
Contudo, somos feitos de escolhas e podemos optar pelo que queremos acreditar. E sim, digo olhando em seus olhos, que agora é hora de sentir aquele orgulho e dignidade dos protestos de 2013 e fazer algo realmente diferente.
A hora de transformar seu protesto em realidade é agora, votando.
"Uma verdade básica da condição humana é que todo mundo mente. A única variável é sobre o quê. Eu não pergunto por que meus pacientes mentem, eu simplesmente assumo que eles estão mentindo. A verdade começa em mentiras. Descobri que quando você quer saber a verdade sobre alguém, este alguém é provavelmente a última pessoa que você deve perguntar. A realidade é quase sempre um erro. Todo mundo mente" (House).
Hospitais Brasileiros: Campo de Concentração Legalizados
Inferno. Caos. Balbúrdia. Hospitais brasileiros. Palavras que se confundem quando pensamos em saúde pública brasileira. O cenário é de guerra. Filas quilométricas. Verdadeiras tendas armadas nos corredores. Pessoas que se confundem com bichos. É vômito, urina, defunto, doentes e uma pergunta que não cala: Quantos mais precisam morrer para que esta realidade mude?
"O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."
Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo".
Música + Observação. Temperada pela casualidade. Deixa o sabor mais interessante. Principalmente quando a mesmice é extremamente sem graça e tediosa. Tinha uma música tocando e um "casal" conversando. Sobre amores impossíveis.
O resultado da mistura foi: Amores impossíveis não são apenas
aqueles que terminam e não voltam, mas também aqueles que não tem a menor
chance de acontecer. Aos amores impossíveis, dedicaria a canção, só se eu a tivesse
escrito.
Como não escrevi, dedico a você: a vontade.
Porque com ela, tudo é possível. Até o impossível que não vai acontecer (rsrs)!
Eu sei, tudo pode acontecer
Eu sei, nosso amor não vai morrer
Vou pedir aos céus, você aqui comigo Vou jogar no mar, flores pra te encontrar
Não sei, porque você disse adeus Guardei, o beijo que você me deu
Vou pedir aos céus, você aqui comigo Vou jogar no mar, flores pra te encontrar
You say good-bye, and I say hello You say good-bye, and I say hello
Não sei, porque você disse adeus Guardei, o beijo que você me deu
Vou pedir aos céus, você aqui comigo Vou jogar no mar, flores pra te encontrar
You say good-bye, and I say hello You say good-bye, and I say hello
"Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão; tranquilidade e inconstância; pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser"
Publico um rascunho. Porque Hoje cansei do quadrado. Se gosta do papai e mãe.Levantem-se com a métrica para um tapa na cara, porque é o que vocês merecem. Hoje. Por Mentiras, bem mentirosas. Criando Falsas expectativas. Embriagando. Embriaguem-se. Sentindo. Pensando.
Música.
Prazer abstrato.
De um retrato.
Sensato.
Mimetiza cocaína.
De fato.
Provocado pela dopamina.
Eu poderia apenas dizer:
[...] aquela sensação gostosa quando ouvirmos música é associada diretamente com a liberação de dopamina no cérebro - o efeito musical.
Todavia prefiro sentir.
Efeito Músical.
Bate e atravessa.
Ao invés de derrubar.
Simplesmente nos fazem pensar.
E como diz a letra "Abra a mente para uma visão diferente".
Escolhi o filme meio por intuição. O cinema era todo meu, o que me fez ficar na dúvida sobre a qualidade do filme, mas quando começou percebi logo de cara que o azar não era meu. O filme é fantástico.
O longa-metragem é tão bom que como qualquer coisa boa da vida parece ser bem curtinho (111 minutos). Alabama Monroe fala de relações e como elas se formam. Fala da sutileza dos detalhes, onde reside as interseções que nos atraem, como também as peculiaridades que nos afastam, fazendo com que o telespectador seja gentilmente arremessado por profundos caminhos irônicos, onde momentos de tristezas e alegrias representam a essência da vida. Este filme provoca um enorme impacto dentro de quem o assiste. Entretanto, acima de qualquer coisa é um filme de amor.
Quem se permitir entrar no universo de Alabama Monroe terá uma uma experiência mágica que se estende eternamente. Digo isso porque tenho - constantemente - revivido o filme em minhas memórias, principalmente quando confronto o eu e o universo que me cerca. Outro destaque do filme é a trilha sonora, que não tem como descrevê-la de tão boa e marcante. Toda trilha é desenvolvida pela banda de bluegrassThe Broken Circle Breakdown, que também se apresenta fora das telas. As músicas ditam o ritmo dos acontecimentos e são responsáveis pela introdução de cenas alegres e tristes. A melodia se encaixa perfeitamente ao filme, fazendo como a história flua com naturalidade. "The boy who wouldn't hoe corn"
É um drama, dirigido pelo jovem Felix Van Groeningen, que conta a história de Didier, um músico de bluegrass, um legítimo cowboy que mora num trailer e cuida de uma pequena propriedade rural, é ateu e completamente apaixonado pela música. Sua vida muda quando conhece Elise, uma linda e jovem tatuadora, também apaixonada pelo que faz, mas com uma visão de mundo completamente diferente. Apesar das diferenças, Elise e Didier formam um casal apaixonado. A felicidade do casal parece completa com a chegada da filha, Maybelle, mas aos 06 anos de idade, a menina adoece gravemente e o casal enfrenta sua primeira crise. Outra coisa que também poderia ser dito do filme é das relações metafóricas entre o ateu e a religiosa, como também do romântico incorrigível e a realista com os pés no chão, mas estas conexões dos opostos deixo para o telespectador que construirá normalmente a sua própria e intrigante versão do filme. Vale muito a pena conferir, o filme fala de amor, dor, superação, fé e esperança, tudo isso enquadrado e explorado magistralmente pelo diretor. É com certeza de um leigo uma aula de cinema e uma referência cinematográfica. Quem quiser saber mais sobre o filme pode clicar aqui. Fernando Diz
Penso que é algo muito complexo de responder de imediato. Acredito que depende de diversos fatores, ou não. Talvez seja mais simples do que penso.
A verdade é: não sei o que pensar, nem o que lhe responder.
Ainda é uma questão muito volúvel para mim.
... Mas o que me fez escrever este post, foi um email que recebi.
Nele dizia assim: "Gente é uma coisa muito séria. Seria cômico, se não fosse trágico. Quino, o cartunista argentino autor de Malfada, desiludido com o rumo que está tomando o mundo, expressou seus sentimento a esse respeito ... Brilhante!!!".
E junto tinha estas tirinhas:
Achei fantástica a manifestação do artista para certos aspectos ligados a gente. A pergunta que me fiz foi: "se o email não vinhesse com o texto, que de certa forma induz o espectador a um determinado tipo de interpretação, você saberia dizer se o autor faz realmente uma crítica a gente?". Tentou responder? Vamos lá ... Uma coisa que noto com uma certa frequência é como lidamos com a culpa. E se eu lhe pergunto: "de quem é a culpa do mundo ser assim?" Minha que não é (risos). Mas é exatamente isso, a culpa na maioria das vezes é sempre do outro. O que eu quero lhe dizer, você vai entender nas próximas linhas. Tomei a ousadia de adicionar legendas, por conta própria, a cada tirinha.
"Olhe meu filho isto é o carro. É uma grande invenção do homem. Serve para o transporte de pessoas e coisas. Se não tiver dinheiro para por combustível, use suas pernas".
"Olhe meu filho isto é o computador. Também é uma grande invenção do homem. Serve para se informar, trabalhar e estudar. Nele você poderá se conectar ao mundo, só tome cuidado por onde navega, não dá para acreditar em tudo".
"Olhe meu filho isto é o telefone celular. Outra grande invenção do homem. No inicio servia apenas para comunicação, hoje tem diversas utilidades. Facilita as nossas vidas. Mas como qualquer outra tecnologia deve ser usada com moderação, não substitui os amigos, mas aproxima aqueles que estão longe".
"Filhão esta é a televisão. Também é outra extraordinária invenção do homem. Serve para o entretenimento. Você pode assistir filmes, seriados, documentários, desenhos, cursos, entre outras coisas mais. Tudo isso enriquece a nossa cultura. Saiba observar, não precisa julgar se não gostar. Lembre-se, não é porque você não gosta de algo, que não preste. Respeite as diferenças ".
"Meu querido filho, preste muito atenção. O mundo vai tentar lhe convencer que ideais, costumes, honestidade são virtudes ultrapassadas, também vai ...."
"... tentar lhe convencer que devemos ser sempre egoístas. Ame-se sempre, mas assim como você se vê no espelho, você também vê o próximo ...."
"... vai tentar lhe convecer que com dinheiro você pode comprar tudo. Mas lembre-se que existem coisas que não se compram, apenas são sentidas".
"Saiba educar seus filhos, para que eles não sejam o reflexo do que vêem em casa".
Aí eu retomo a questão inicial: Gente é uma coisa muito séria, não é? Fernando Diz
Achei fantástico o texto do humorista Gregorio Duvivier e resolvi reproduzi-lo aqui.
Para acessar o texto original, basta clicar neste link: Péssimo Mau Gosto.
"Seja legal. Não seja um babaca".
Não sou a favor da zoação com a crença alheia. Mas sou um fã da argumentação bem feita sem perder a sua essência e sem cair no degrau da baixaria. Uma argumentação bem feita é demasiadamente harmônica aos ouvidos de quem aprecia e irritante aos ouvidos de quem a reconhece.
Vamos ao texto.
"Caro Cardeal arcebispo,
Vossa Eminência disse em vosso Twitter que o especial de Natal do Porta dos Fundos era de "péssimo mau gosto". Poderia dizer que V. Emmo. cometeu um pleonasmo, pois na palavra "péssimo" já está incluída a palavra "mau", mas vou supor que V. Emmo. tenha "redundado" propositalmente, para fins estilísticos. Entristece-me, pois gostaria que o nosso especial de Natal tivesse agradado a todos (embora o homenageado em questão não tenha agradado).
O que me consola é que não somos os primeiros a termos o gosto julgado mau ou péssimo ou ambos pela vossa Igreja. Na realidade, arrisco-me a dizer que estamos em boa (e vasta) companhia. Entre os numerosos condenados, está um astrônomo de nome tão redundante quanto a vossa expressão.
Como V. Emmo. deve saber, não foi a teoria heliocêntrica que causou a condenação de Galileu Galilei. Copérnico já havia dito que a Terra girava em torno do Sol e a Igreja não se importou. O que provocou a ira papal foi o humor.
Para defender o heliocentrismo, Galileu criou um diálogo fictício entre um personagem sábio, Salviati, e um personagem imbecil, Simplício. O sábio acreditava que a Terra girava ao redor do Sol e o imbecil achava o contrário. O livro foi um sucesso retumbante. E a Igreja vestiu a carapuça do imbecil. Galileu foi obrigado a negar tudo o que havia dito para escapar da fogueira. Negou e ainda assim foi condenado à prisão perpétua.
Giordano Bruno, contemporâneo de Galileu, acreditava que o universo era infinito. Negou-se a se negar. Foi queimado vivo. Somente em 1983, quase quatro séculos depois, o Vaticano absolveu Galileu, provando ter um sistema judiciário ainda mais lento que o brasileiro. Apesar da retratação tardia, o gosto episcopal continua controverso.
Acho um péssimo mau gosto, por exemplo, V. Emmo. ser contrária ao sacerdócio de mulheres, ao uso de métodos contraceptivos, ao aborto de fetos anencéfalos, ao aborto em casos de estupro, ao amor entre pessoas do mesmo sexo, à eutanásia e às pesquisas com célula-tronco.
Contudo, confesso que, apesar de nossas divergências, não pude deixar de ficar feliz em saber que o Porta dos Fundos está sendo assistido na arquidiocese. Peço que V. Emmo., futuramente, não pule aqueles anúncios que antecedem o vídeo, para que nós ganhemos um cascalhinho. Obrigado pela atenção e, como diria Jesus, desculpe qualquer coisa".