segunda-feira, 19 de maio de 2014

Alabama Monroe

Alabama Monroe é um puta filme!

Escolhi o filme meio por intuição. O cinema era todo meu, o que me fez ficar na dúvida sobre  a qualidade do filme, mas quando começou percebi logo de cara que o azar não era meu. 
O filme é  fantástico.

O longa-metragem é tão bom que como qualquer coisa boa da vida parece ser bem curtinho (111 minutos). Alabama Monroe fala de relações e como elas se formam. Fala da sutileza dos detalhes, onde reside as interseções que nos atraem, como também as peculiaridades que nos afastam, fazendo com que o telespectador seja gentilmente arremessado por profundos caminhos irônicos, onde momentos de tristezas e alegrias representam a essência da vida. Este filme provoca um enorme impacto dentro de quem o assiste. Entretanto, acima de qualquer coisa é um filme de amor.


Quem se permitir entrar no universo de Alabama Monroe terá uma uma experiência mágica que se estende eternamente. Digo isso porque tenho - constantemente - revivido o filme em minhas memórias, principalmente quando confronto o eu e o universo que me cerca.

Outro destaque do filme é a trilha sonora, que não tem como descrevê-la de tão boa e marcante. Toda trilha é desenvolvida pela banda de bluegrass The Broken Circle Breakdown, que também se apresenta fora das telas. As músicas ditam o ritmo dos acontecimentos e são responsáveis pela introdução de cenas alegres e tristes. A melodia se encaixa perfeitamente ao filme, fazendo como a história flua com naturalidade. 

"The boy who wouldn't hoe corn"


É um drama, dirigido pelo jovem Felix Van Groeningen, que conta a história de Didier, um músico de bluegrass, um legítimo cowboy que mora num trailer e cuida de uma pequena propriedade rural, é ateu e completamente apaixonado pela música. Sua vida muda quando conhece Elise, uma linda e jovem tatuadora, também apaixonada pelo que faz, mas com uma visão de mundo completamente diferente. Apesar das diferenças, Elise e Didier formam um casal apaixonado. A felicidade do casal parece completa com a chegada da filha, Maybelle, mas aos 06 anos de idade, a menina adoece gravemente e o casal enfrenta sua primeira crise.

Outra coisa que também poderia ser dito do filme é das relações metafóricas entre o ateu e a religiosa, como também do romântico incorrigível e a realista com os pés no chão, mas estas conexões dos opostos deixo para o telespectador que construirá normalmente a sua própria e intrigante versão do filme.

Vale muito a pena conferir, o filme fala de amor, dor, superação, fé e esperança, tudo isso enquadrado e explorado magistralmente pelo diretor. É com certeza de um leigo uma aula de cinema e uma referência cinematográfica.

Quem quiser saber mais sobre o filme pode clicar aqui.

Fernando Diz

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