#MUDABRASIL
#CHANGEBRAZIL #OGIGANTEACORDOU
Protestos!
Manifestações! Ideais e palavras que fizeram milhares de brasileiros irem para
a rua clamarem por mudanças. Mudanças que estavam entaladas, em forma de grito
na garganta, há muito tempo. Um grito contagiante, fazendo despertar em nós a
vontade de querer fazer parte deste momento de alguma forma.
E
nesta atmosfera de mudanças e reivindicações por um Brasil melhor, somada a hashtags,
que mexiam com o meu brio, #verásqueumfilhoteunãofogealuta e #vemprarua.
Percebi que não era momento de omissão. Era a oportunidade de somar com muitos
outros e fazer algo diferente. Como também, homenagear aqueles primeiros, que
deram a cara a tapas e a balas por melhorias na estrutura do nosso país. E por
quê não declarar que “entre outras mil, a
nossa terra adorada, és tu, Brasil”?
Não
tive dúvida, e assim como a hashtag, fui para a rua. A
minha primeira visão foi um casal enrolado na bandeira brasileira. Não
tenho como explicar isso. Não me arrepiei. Muito menos chorei. Simplesmente fui
tocado. Foi algo bem significativo, que qualquer tentativa de explicar se
tornaria dispendioso. Uma sensação de orgulho, dignidade, sem o peso da arrogância!
Não
estava ali pelo modismo. Era
um movimento interno completamente genuíno!
Confesso que pensei que o “gigante tinha realmente acordado”. Assim
como muitos, também tenho esta vontade de ver nosso país, que é “gigante pela própria natureza, belo, forte,
impávido colosso” acorde mesmo para que “teu futuro espelha essa grandeza”.
E
todos aqueles que se fizeram valer pelos nossos direitos e a nossa liberdade,
conquistada “com o braço forte” da
pacificidade, estão de parabéns.
Mas
o que falar daqueles que estavam urinando nos postes no meio do povo?
Infiltrados
para denegrir o movimento!? Talvez!
E
o que dizer do cidadão motorizado em um carro que vinha por cima da calçada e,
ainda por cima, na contra-mão? Ou daqueles que tem nos palavrões seus melhores
argumentos? Infiltrados para denegrir o movimento?
Improvável!
Nesta
hora, inevitavelmente, dialoguei com Nietzsche “Aquele que combate monstros
deve tomar cuidado para que ele mesmo não se torne um”. E comecei a pensar
naqueles que no dia a dia não param para que o pedestre atravesse na faixa, ou
os “espertinhos” que furam fila e que nos olham como se nós fossemos os otários?
E a galera que adora jogar lixo pela janela do carro ou o papelzinho de bala no
chão? Quantas vezes fizemos vista grossa para que aquele amigo cometesse um ato
ilegal? Será que somos tão diferentes daqueles que protestamos? Ou será que de
tanto combater este monstros acabamos, inevitavelmente, nos tornando, também,
monstros? Assim como costume de casa vai à praça, um país é reflexo do seu povo.
A
revolução é, primeiramente, interna!
Antes
de #acordarogigante, #desperteprimeiro!
Fernando
Diz