quarta-feira, 26 de junho de 2013

Verás que um Filho teu não Foge a Luta!

#MUDABRASIL #CHANGEBRAZIL #OGIGANTEACORDOU

Protestos! Manifestações! Ideais e palavras que fizeram milhares de brasileiros irem para a rua clamarem por mudanças. Mudanças que estavam entaladas, em forma de grito na garganta, há muito tempo. Um grito contagiante, fazendo despertar em nós a vontade de querer fazer parte deste momento de alguma forma.

E nesta atmosfera de mudanças e reivindicações por um Brasil melhor, somada a hashtags, que mexiam com o meu brio, #verásqueumfilhoteunãofogealuta e #vemprarua. Percebi que não era momento de omissão. Era a oportunidade de somar com muitos outros e fazer algo diferente. Como também, homenagear aqueles primeiros, que deram a cara a tapas e a balas por melhorias na estrutura do nosso país. E por quê não declarar que “entre outras mil, a nossa terra adorada, és tu, Brasil”?


Não tive dúvida, e assim como a hashtag, fui para a rua. A minha primeira visão foi um casal enrolado na bandeira brasileira. Não tenho como explicar isso. Não me arrepiei. Muito menos chorei. Simplesmente fui tocado. Foi algo bem significativo, que qualquer tentativa de explicar se tornaria dispendioso. Uma sensação de orgulho, dignidade, sem o peso da arrogância!
Não estava ali pelo modismo. Era um movimento interno completamente genuíno!

Confesso que pensei que o “gigante tinha realmente acordado”. Assim como muitos, também tenho esta vontade de ver nosso país, que é “gigante pela própria natureza, belo, forte, impávido colosso” acorde mesmo para que “teu futuro espelha essa grandeza”.

E todos aqueles que se fizeram valer pelos nossos direitos e a nossa liberdade, conquistada “com o braço forte” da pacificidade, estão de parabéns.

Mas o que falar daqueles que estavam urinando nos postes no meio do povo?
Infiltrados para denegrir o movimento!? Talvez!
E o que dizer do cidadão motorizado em um carro que vinha por cima da calçada e, ainda por cima, na contra-mão? Ou daqueles que tem nos palavrões seus melhores argumentos? Infiltrados para denegrir o movimento?
Improvável!

Nesta hora, inevitavelmente, dialoguei com Nietzsche “Aquele que combate monstros deve tomar cuidado para que ele mesmo não se torne um”. E comecei a pensar naqueles que no dia a dia não param para que o pedestre atravesse na faixa, ou os “espertinhos” que furam fila e que nos olham como se nós fossemos os otários? E a galera que adora jogar lixo pela janela do carro ou o papelzinho de bala no chão? Quantas vezes fizemos vista grossa para que aquele amigo cometesse um ato ilegal? Será que somos tão diferentes daqueles que protestamos? Ou será que de tanto combater este monstros acabamos, inevitavelmente, nos tornando, também, monstros? Assim como costume de casa vai à praça, um país é reflexo do seu povo.

A revolução é, primeiramente, interna!
Antes de #acordarogigante, #desperteprimeiro!


Fernando Diz

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